terça-feira, 17 de maio de 2011

10 músicas para serem ouvidas num fim de tarde

Depois de um dia de trabalho cheio de problemas, chega a hora de ir pra casa. É fim de tarde, vem vindo o pôr-do-sol e nada melhor do que relaxar ouvindo algumas músicas. Apresento então a vocês uma lista com 10 músicas para serem ouvidas num fim de tarde:

01. Anybody Seen My Baby (Rolling Stones)


02. One Headlight (Wallflowers)


03. Love Comes To Everyone (George Harrison)


04. Everybody Wants To Rule The World (Tears For Fears)


05. Follow You, Follow Me (Genesis)


06. Dreams (Fleetwood Mac)


07. The Sweetest Thing (U2)


08. All I Want To Be (Peter Frampton)


09. Madrigal (Rush)


10. Eye In The Sky (Alan Parson's Project)

domingo, 10 de abril de 2011

Guitarristas com belas vozes

De uns tempos pra cá venho ouvindo música não só com ouvidos de guitarrista, mas também com ouvidos de cantor. Não que se possa dizer "noooooossa, como é bom cantor o Érico", mas ando me arriscando um pouco mais a brincar com a voz e pra me encorajar venho escutando muitos guitarristas/cantores.

Seguem então algumas coisas interessantes que eu encontrei por aí em termos de guitarristas que se destacam também por suas belas vozes.


Richie Sambora (Bon Jovi)


David Gilmour (Pink Floyd)


Peter Frampton


Steve Lukather (Toto)


Nuno Bettencourt (Extreme)
Aqui ele participa com backing vocals. É mais sutil, mas dá pra sacar a voz do cara.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Peter Frampton Comes Alive! (Peter Frampton) - embarque nesta viagem

Fim de tarde, hora de voltar pra casa após um merecido descanso fora do agito da cidade. Sento ao volante, ligo o rádio do carro e coloco um CD para servir de trilha sonora para a viagem. Desta vez escolho Peter Frampton Comes Alive!, um álbum ao vivo do cara que é conhecido como o "Rei do Classic Rock". Este álbum, lançado em 1976, levou Peter Frampton à notoriedade na época e até hoje é um clássico de tal forma que a maioria de seus grandes sucessos são conhecidos por esta versão ao vivo.

E a viagem começa...

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Nome do álbum: Peter Frampton Comes Alive!
Lançamento: 1976
Músicas:
Disco 1
01. Introduction/Something's Happening
02. Doobie Wah
03. Lines on My Face
04. Show Me the Way
05. It's a Plain Shame
06. Wind of Change
07. Just the Time of Year
08. Penny for Your Thoughts
09. All I Want to Be (Is by Your Side)
10. Baby, I Love Your Way
11. I Wanna Go to the Sun
Disco 2
01. Nowhere's too Far For My Baby
02. (I'll Give You Money)
03. Do You Feel Like We Do
04. Shine On
05. White Sugar
06. Jumping Jack Flash
07. Day's Dawning

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Muitos quilômetros de estrada pela frente, logo nada melhor que o bom e velho Rock n' Roll pra embalar a viagem. Tudo começa com Something's Happening e com o carro a bons 120 Km/h - calma, mais do que isso dá multa! Em seguida o Funk de verdade de Doobie Wah, com o Rei mostrando todo o seu swing e belas melodias vocais no refrão. A tarde vai caindo, o sol começa a ficar alaranjado e a trilha fica por conta de Lines on My Face, uma bela canção de amor.

Antes que eu precise ligar os faróis começa Show Me the Way, o primeiro grande hit de Peter Frampton. Esta música imortalizou o talk box, efeito no qual o guitarrista modula o som da guitarra com a boca, fazendo a guitarra "falar". Pra celebrar o fim de tarde e começo de noite vem It's a Plain Shame, mais um bom e velho Rock n' Roll.

Cai a noite e com ela surge um mar de luzes vermelhas à minha frente. Wind of Change abre o set acústico do disco, num clima mais folk e intimista de violão e voz. Aqui aparece mais um pouco da genialidade musical deste jovem de apenas 26 anos na época: todo o set acústico foi gravado microfonando o violão, nada de violão plugado como nos famigerados acústicos da MTV. Nesta mesma toada seguem Just the Time of Year, Penny for Your Thoughts (belíssimo Folk instrumental) e All I Want to Be (Is by Your Side); todas regadas por uma leve chuva na estrada. Pra finalizar o set acústico, o clássico absoluto Baby, I Love Your Way, trilha sonora de muitos casais por aí.

Pra encerrar o primeiro disco, um clima de suspense por conta do Hammond e do piano abre I Wanna Go to the Sun. Esta música representa bem o estilo de Peter Frampton, um Classic Rock com forte presença de pianos e Hammonds (clássico dos anos 70).

O CD 2 começa num ritmo mais acelerado, parecendo pressentir a proximidade da cidade. Nowhere's too Far from My Baby abre a segunda parte do show, seguida de (I'll Give You) Money. Entretanto, a cereja do bolo está por vir em Do You Feel Like We Do.

Do You Feel Like We Do é uma grande viagem musical de pouco mais de 13 minutos. Além dos solos de guitarra "tradicionais", da sessão de improviso no Hammond por conta de Bob Mayo (não se pode esquecer de Stanley Sheldon e John Siomon, baixista e baterista respectivamente, fazendo a "cozinha") e das vocalizações de Peter Frampton, há o clássico solo de 4 minutos com o talk box. Se você é guitarrista e quer saber o que é o talk box, esta é A MÚSICA. Peter Frampton faz a guitarra cantar, literalmente, frases como "Do you feel like we do", "That's all right" e "Feel good time". Apesar de não haver registro em vídeo deste show, é possível criar na sua própria mente o êxtase da platéia ao vê-lo se aproximar da mangueira do talk box.

A viagem vai chegando ao final. E com ela vem Shine On e uma sequência que pode enganar os fãs de Rolling Stones: White Sugar e Jumping Jack Flash. White Sugar é de fato uma música do Peter Frampton, não confunda com a famosa Brown Sugar. Já Jumping Jack Flash é uma versão bastante curiosa, com uma levada bastante diferente. Já circulando pelas ruas do meu bairro, chega o fim do segundo CD com Day's Dawning, uma gravação de estúdio inédita com uma levada Soul bastante interessante.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

30 Anos de Moving Pictures

Neste mês de fevereiro de 2011, o álbum Moving Pictures, o mais bem sucedido do Rush, completa 30 anos de lançamento. Aproveitando o "renascimento" do Álbuns de Cabeceira, venho aqui repostar a primeira resenha feita neste blog, que foi justamente uma resenha deste álbum.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

As 1632 Mais da Kiss FM

Desde a primeira vez que foi ao ar, em 2001, a rádio paulistana Kiss FM faz listagens dos 500 maiores clássicos do Rock n' Roll escolhidos pelos ouvintes. Ao longo das 10 listas que já foram feitas o método de votação mudou, o público da rádio mudou... mas os clássicos sempre estiveram presentes.

Nas minhas últimas férias universitárias fiz um levantamento das listagens desde 2001 até 2010 para montar um ranking geral. O sistema de pontuação é simples: cada música ganha 501-p pontos para cada aparição em uma listagem, sendo p a posição da música na listagem - ou seja, o 1º ganha 500 pontos, o 2º ganha 499,... e o 500º ganha 1. Logicamente, se a música não aparece numa listagem ela não ganha a pontuação respectiva.

Eis o top 100:

1. STAIRWAY TO HEAVEN (LED ZEPPELIN)
2. BOHEMIAN RHAPSODY (QUEEN)
3. SMOKE ON THE WATER (DEEP PURPLE)
4. HOTEL CALIFORNIA (EAGLES)
5. TOM SAWYER (RUSH)
6. ANOTHER BRICK IN THE WALL (PINK FLOYD)
7. KASHMIR (LED ZEPPELIN)
8. SULTANS OF SWING (DIRE STRAITS)
9. DREAM ON (AEROSMITH)
10. SATISFACTION (ROLLING STONES)
11. ROCK N' ROLL ALL NITE (KISS)
12. HELP! (THE BEATLES)
13. BORN TO BE WILD (STEPPENWOLF)
14. LIGHT MY FIRE (THE DOORS)
15. BURN (DEEP PURPLE)
16. BACK IN BLACK (AC/DC)
17. HIGHWAY STAR (DEEP PURPLE)
18. AQUALUNG (JETHRO TULL)
19. COCAINE (ERIC CLAPTON)
20. HOCUS POCUS (FOCUS)
21. BABA O' RILEY (THE WHO)
22. HEY JOE (JIMI HENDRIX)
23. PERFECT STRANGERS (DEEP PURPLE)
24. COMFORTABLY NUMB (PINK FLOYD)
25. BLACK DOG (LED ZEPPELIN)
26. MY GENERATION (THE WHO)
27. SUNDAY BLOODY SUNDAY (U2)
28. HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN? (CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL)
29. IMAGINE (JOHN LENNON)
30. JOHNNY B. GOODE (CHUCK BERRY)
31. COME TOGETHER (THE BEATLES)
32. WE ARE THE CHAMPIONS (QUEEN)
33. NO MORE MR. NICE GUY (ALICE COOPER)
34. BREAKING ALL THE RULES (PETER FRAMPTON)
35. TIME (PINK FLOYD)
36. JUMP (VAN HALEN)
37. LET IT BE (THE BEATLES)
38. MONEY (PINK FLOYD)
39. SWEET HOME ALABAMA (LYNYRD SKYNYRD)
40. PARANOID (BLACK SABBATH)
41. CHANGES (BLACK SABBATH)
42. LIKE A ROLLING STONE (BOB DYLAN)
43. SOMEBODY TO LOVE (QUEEN)
44. SUSPICIOUS MINDS (ELVIS PRESLEY)
45. DON'T STOP BELIEVING (JOURNEY)
46. THE HOUSE OF THE RISING SUN (THE ANIMALS)
47. WE WILL ROCK YOU (QUEEN)
48. HEY JUDE (THE BEATLES)
49. WHOLE LOTTA LOVE (LED ZEPPELIN)
50. RAINBOW IN THE DARK (DIO)
51. ALL MY LOVE (LED ZEPPELIN)
52. WISH YOU WERE HERE (PINK FLOYD)
53. MONEY FOR NOTHING (DIRE STRAITS)
54. MERCEDES BENZ (JANIS JOPLIN)
55. MR. CROWLEY (OZZY OSBOURNE)
56. ROADHOUSE BLUES (THE DOORS)
57. IRON MAN (BLACK SABBATH)
58. ROCK AND ROLL (LED ZEPPELIN)
59. THE SPIRIT OF RADIO (RUSH)
60. MAMA (GENESIS)
61. YESTERDAY (THE BEATLES)
62. HIGHWAY TO HELL (AC/DC)
63. PET SEMATARY (RAMONES)
64. LAYLA (ERIC CLAPTON)
65. BAD COMPANY (BAD COMPANY)
66. ANGIE (ROLLING STONES)
67. LOVE AIN'T NO STRANGER (WHITESNAKE)
68. BLACK (PEARL JAM)
69. LOVE OF MY LIFE (QUEEN)
70. OWNER OF A LONELY HEART (YES)
71. THE NUMBER OF THE BEAST (IRON MAIDEN)
72. HERE I GO AGAIN (WHITESNAKE)
73. IS THIS LOVE (WHITESNAKE)
74. L.A. WOMAN (THE DOORS)
75. JAILBREAK (AC/DC)
76. FLY BY NIGHT (RUSH)
77. TWIST AND SHOUT (THE BEATLES)
78. UNDER PRESSURE (QUEEN)
79. STILL LOVING YOU (SCORPIONS)
80. SABBATH BLOODY SABBATH (BLACK SABBATH)
81. DREAMS (VAN HALEN)
82. LOVE HURTS (NAZARETH)
83. DETROIT ROCK CITY (KISS)
84. THE LOGICAL SONG (SUPERTRAMP)
85. EYE OF THE TIGER (SURVIVOR)
86. DUST IN THE WIND (KANSAS)
87. TIME STAND STILL (RUSH)
88. BROTHERS IN ARMS (DIRE STRAITS)
89. REVOLUTION (THE BEATLES)
90. NO MORE TEARS (OZZY OSBOURNE)
91. HURRICANE (BOB DYLAN)
92. MY SWEET LORD (GEORGE HARRISON)
93. LONDON CALLING (THE CLASH)
94. PROUD MARY (CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL)
95. NOVEMBER RAIN (GUNS N' ROSES)
96. WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS (JOE COCKER)
97. SUNSHINE OF YOUR LOVE (CREAM)
98. I LOVE IT LOUD (KISS)
99. BOYS DON’T CRY (THE CURE)
100. MOTHER (PINK FLOYD)


Veja aqui o ranking completo com as 1632 músicas, bem como um ranking por artista.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sobre "Bandas de Baile" - sim, com aspas

Depois de um longo hiato (2010 foi um ano intensamente positivo e negativo), vou tentar me disciplinar a postar as idéias musicais que me vêm à cabeça, bem como as resenhas de álbuns. Chega de enrolação e vamos ao que interessa.

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Ultimamente venho sendo acometido por um gosto por "Bandas de Baile". Em princípio, muita gente não vai entender esta primeira frase minha, tanto pelo termo banda de baile em si quanto pelas aspas, portanto vamos explicar as coisas por partes. Banda de baile (sem áspas) é aquele tipo de banda que toca de tudo (tudo mesmo, desde Frank Sinatra até Bonde do Tigrão) e que geralmente é atração de formaturas, casamentos e eventos de empresas. E quanto às aspas, você me perguntaria? Então, quando eu digo "banda de baile" me refiro a bandas famosas que mantêm as mesmas características principais de uma banda de baile. Confuso, não? Nem tanto, vocês vão ver.

Pra vocês entenderem melhor, me permitam falar um pouco sobre bandas de baile (sem aspas). Estas bandas geralmente são um pouco subjugadas por quem não é "do ramo" por tocarem músicas muito populares. Mas é este o grande objetivo deste tipo de banda: tocar músicas pra fazer a galera agitar. Porém, quem é "do ramo" sabe da qualidade dos músicos deste tipo de banda. Os caras têm que ter em mente um repertório GI-GAN-TES-CO, têm que estar por dentro das novidades das rádios, têm que ter jogo de cintura pra lidar com imprevistos num show, têm que ter presença de palco e carisma e têm que trabalhar com arranjos complexos (voz, backing vocals, guitarra, baixo, bateria, violão, teclados, metais...).

Voltando agora às "bandas de baile" (com aspas). Muitas bandas famosas têm muitas semelhanças com as bandas de baile, seja por fazer um som mais Pop e com qualidade (não com um repertório tão abrangente quanto as bandas de baile, obviamente) ou pela estrutura complexa de arranjos. Mesmo não fazendo músicas com letras complexas ou com virtuosismo em seus instrumentos, são bandas de musicalidade inquestionável. Vou aqui mostrar algumas bandas que se encaixam neste perfil.

O melhor exemplo é o Roupa Nova. Eles começaram justamente como banda de baile lá nos anos 80 e também trabalhavam como músicos de estúdio em gravações com outros artistas. Este pool de músicos experientes formou a banda que ganhou notoriedade com as inúmeras trilhas sonoras de novelas da Globo. Apesar das críticas sobre as letras extremamente melosas; a técnica apurada do Sergio Herval, o senso de harmonia e melodia dos tecladistas Ricardo Feghali e Cleberson Horsth, a pegada do baixo do Nando, o "shreddismo" do Kiko e as harmonias vocais do grupo como um todo tornaram a banda um grande exemplo de como fazer música Pop de qualidade.



Na terra do Tio Sam podemos falar sobre o Toto. O Toto tem algumas semelhanças com o Roupa Nova, principalmente no que diz respeito à sua formação: figurinhas carimbadas de estúdio que se juntaram para formar uma mega-banda. Bobby Kimball (voz), Steve Lukather (guitarra e voz), Mike Porcaro (baixo), David Paich (teclados e voz) e Jeff Porcaro (bateria) formaram uma banda que se aventurou por vários estilos, dentre eles Jazz, ritmos latinos, Rock, Prog, Soul... Esta mistureba toda conquistou fãs pelo mundo todo e produziu clássicos como Africa, Rosanna e Hold the Line.



O Tears for Fears é outra destas "bandas de baile". Eu "descobri" esta banda recentemente, através de um DVD "extra-oficial" gravado em 1991. Não tinha noção de como esta banda fez sucesso nos anos 80 e de como ela até hoje faz sucesso - basta ligar na Alpha FM e em 30 minutos você escutará algum dos sucessos como Head Over Heels, Shout, Woman in Chains ou Everybody Wants to Rule the World.



Pra finalizar, vamos dar uma passadinha na Inglaterra para lembrar do Dire Straits. Formada pelos irmãos Knopfler no finalzinho dos anos 70, a banda tinha que ter um repertório de bom gosto, senão pegaria mal para o Mark Knopfler, ex-crítico musical. Este vídeo abaixo mostra bem o que é um arranjo extremamente bem feito. Com diz o Faustão, quem sabe faz ao vivo!