sexta-feira, 22 de maio de 2009

Começando com o primeiro álbum da cabeceira - Moving Pictures (Rush)

Formado por Geddy Lee (vocais, baixo e teclado), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria e percussão), o Rush é um power trio de grande talento instrumental surgido no Canadá em 1974, com influências de bandas de Hard Rock da época como Led Zepellin, Cream e The Who. Gravado em 1981, o álbum Moving Pictures foi o álbum mais aclamado do grupo, sendo o responsável pela popularidade mundial do som desses três caras de Toronto. Como o próprio Neil Peart já disse em uma entrevista: "Com o Moving Pictures, nós passamos a vender duas vezes mais discos, passamos a tocar duas vezes mais nas rádios, pasamos a ter duas vezes mais pessoas nos nossos shows...".

Vindo de uma fase de experimentações no final da década de 70, com o uso de novos instrumentos, abordagens rítmicas e de sintetizadores, o Rush chegou à década de 80 com o propósito de seguir uma linha determinada a partir das experimentações realizadas anteriormente. Para tal, o trio iniciou a década com o álbum Permanent Waves (1980), precedente do Moving Pictures, já mostrando uma linha menos experimental, mais direta e com a presença marcante dos sintetizadores. No ano seguinte, o lançamento de Moving Pictures só veio a confirmar a tendência de praticamente toda a década de 80: pegada Hard Rock, juntando alguns elementos de outros ritmos musicais e letras com temas urbanos.

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Nome do Álbum Moving Pictures
Lançamento: 1981
Músicas:
1. Tom sawyer
2. Red Barchetta
3. YYZ
4. Limelight
5. The Camera Eye
6. Witch Hunt
7. Vital Signs

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1. Tom Sawyer
O álbum começa com o maior hit da carreira do grupo, Tom Sawyer, inspirado no livro “As Aventuras de Tom Sawyer”, de Marc Twain. Logo na primeira faixa os três mostram tudo o que sabem em linhas de bateria complexas, teclados marcantes e a guitarra casando com o todo da música. Além de tudo, a música foi tema de abertura da versão brasieira do seriado “Profissão Perigo”, ou simplesmente “o seriado do McGyver”.

2. Red Barchetta
Logo em seguida, a adrenalina de Red Barchetta, que ilustra uma corrida de carros (pode-se ouvir, em certo instante, o cantar dos pneus). Mais uma influência da vida de Peart nesta letra: a paixão pela velocidade (só que no caso dele, paixão por motos). Aconselho fortemente não ouvir esta música enquanto você dirige, pode ser muito perigoso...

3. YYZ
A terceira faixa traz uma das obras primas do grupo: YYZ. Esta música instrumental tem no nome uma história peculiar: Alex, antigo controlador de vôo, resolveu batizar a então nova música instrumental com o código do aeroporto de Toronto, aeroporto este em que ele trabalhava. Detalhe: as batidas iniciais da música, em código Morse, significam YYZ!!! A música também é marcada por um pequeno “duelo” entre baixo e bateria, e tem o grand finale com o peso dos teclados. Esta música marcou a vinda deles ao Brasil em 2002, pois a galera literalmente cantou a música insandecidamente. Mas esta história fica pra depois...

4. Limelight
Limelight é uma das poucas músicas que, assim como nas músicas compostas por Peart na década de 70, traduz sentimentos próprios do autor. Ele trata nesta música de como a fama pode arruinar a vida das pessoas, em particular, de uma banda de Rock. Este tema se justifica pelo fato de o Rush ser uma banda que nunca foi alvo da mídia, sempre conquistando fãs através de seus shows e não das rádios como a maioria das bandas famosas. Trás uma guitarra bem marcante, com um solo recheado de técnica por parte de Alex Lifeson.

5. The Camera Eye
The Camera Eye, assim como sugere o título, dá um panorama de uma cidade como que filmada de um helicóptero, possibilitando perceber todas as nuances de uma metrópole (podem ser ouvidas buzinas de carros nos primeiros segundos da faixa). Mais de dez minutos de técnica musical milimetricamente apurada.

6. Witch Hunt
Witch Hunt (ao bom português, “caça às bruxas”) faz parte da tetralogia “Fear”, cujas outras músicas (The Enemy Within, The Weapon e Freeze) estão em outros álbuns da banda (Grace Under Pressure, Signals e Vapor Trails, respectivamente). Trata-se de uma obra de suspense, em que a introdução reproduz exatamente o clima de um filme do gênero, mantendo o suspense até o início do refrão, quando há a explosão da música com o uso, mais uma vez, dos sintetizadores. A letra trata sobre o medo que muitas vezes atribuímos a fatores externos, mas na verdade está dentro das nossas próprias mentes. A letra também faz alusões à Inquisição.

7. Vital Signs
Vital Signs é talvez a música deste álbum que mais combina com a fase oitentista da banda. Seguindo a tradição dos álbuns do Rush, a última música antecipa alguns aspectos do álbum seguinte (Signals, de 1982), com uma pitada de reggae aparecendo como influência, assim como ocorreu com outras bandas da época como The Police, Talking Heads e The Clash. Peart mais uma vez mostra sua adoração por ficção científica, tentando explicar os extintos humanos através de outras ciências a não ser a própria Medicina.

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