sexta-feira, 11 de março de 2011

Peter Frampton Comes Alive! (Peter Frampton) - embarque nesta viagem

Fim de tarde, hora de voltar pra casa após um merecido descanso fora do agito da cidade. Sento ao volante, ligo o rádio do carro e coloco um CD para servir de trilha sonora para a viagem. Desta vez escolho Peter Frampton Comes Alive!, um álbum ao vivo do cara que é conhecido como o "Rei do Classic Rock". Este álbum, lançado em 1976, levou Peter Frampton à notoriedade na época e até hoje é um clássico de tal forma que a maioria de seus grandes sucessos são conhecidos por esta versão ao vivo.

E a viagem começa...

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Nome do álbum: Peter Frampton Comes Alive!
Lançamento: 1976
Músicas:
Disco 1
01. Introduction/Something's Happening
02. Doobie Wah
03. Lines on My Face
04. Show Me the Way
05. It's a Plain Shame
06. Wind of Change
07. Just the Time of Year
08. Penny for Your Thoughts
09. All I Want to Be (Is by Your Side)
10. Baby, I Love Your Way
11. I Wanna Go to the Sun
Disco 2
01. Nowhere's too Far For My Baby
02. (I'll Give You Money)
03. Do You Feel Like We Do
04. Shine On
05. White Sugar
06. Jumping Jack Flash
07. Day's Dawning

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Muitos quilômetros de estrada pela frente, logo nada melhor que o bom e velho Rock n' Roll pra embalar a viagem. Tudo começa com Something's Happening e com o carro a bons 120 Km/h - calma, mais do que isso dá multa! Em seguida o Funk de verdade de Doobie Wah, com o Rei mostrando todo o seu swing e belas melodias vocais no refrão. A tarde vai caindo, o sol começa a ficar alaranjado e a trilha fica por conta de Lines on My Face, uma bela canção de amor.

Antes que eu precise ligar os faróis começa Show Me the Way, o primeiro grande hit de Peter Frampton. Esta música imortalizou o talk box, efeito no qual o guitarrista modula o som da guitarra com a boca, fazendo a guitarra "falar". Pra celebrar o fim de tarde e começo de noite vem It's a Plain Shame, mais um bom e velho Rock n' Roll.

Cai a noite e com ela surge um mar de luzes vermelhas à minha frente. Wind of Change abre o set acústico do disco, num clima mais folk e intimista de violão e voz. Aqui aparece mais um pouco da genialidade musical deste jovem de apenas 26 anos na época: todo o set acústico foi gravado microfonando o violão, nada de violão plugado como nos famigerados acústicos da MTV. Nesta mesma toada seguem Just the Time of Year, Penny for Your Thoughts (belíssimo Folk instrumental) e All I Want to Be (Is by Your Side); todas regadas por uma leve chuva na estrada. Pra finalizar o set acústico, o clássico absoluto Baby, I Love Your Way, trilha sonora de muitos casais por aí.

Pra encerrar o primeiro disco, um clima de suspense por conta do Hammond e do piano abre I Wanna Go to the Sun. Esta música representa bem o estilo de Peter Frampton, um Classic Rock com forte presença de pianos e Hammonds (clássico dos anos 70).

O CD 2 começa num ritmo mais acelerado, parecendo pressentir a proximidade da cidade. Nowhere's too Far from My Baby abre a segunda parte do show, seguida de (I'll Give You) Money. Entretanto, a cereja do bolo está por vir em Do You Feel Like We Do.

Do You Feel Like We Do é uma grande viagem musical de pouco mais de 13 minutos. Além dos solos de guitarra "tradicionais", da sessão de improviso no Hammond por conta de Bob Mayo (não se pode esquecer de Stanley Sheldon e John Siomon, baixista e baterista respectivamente, fazendo a "cozinha") e das vocalizações de Peter Frampton, há o clássico solo de 4 minutos com o talk box. Se você é guitarrista e quer saber o que é o talk box, esta é A MÚSICA. Peter Frampton faz a guitarra cantar, literalmente, frases como "Do you feel like we do", "That's all right" e "Feel good time". Apesar de não haver registro em vídeo deste show, é possível criar na sua própria mente o êxtase da platéia ao vê-lo se aproximar da mangueira do talk box.

A viagem vai chegando ao final. E com ela vem Shine On e uma sequência que pode enganar os fãs de Rolling Stones: White Sugar e Jumping Jack Flash. White Sugar é de fato uma música do Peter Frampton, não confunda com a famosa Brown Sugar. Já Jumping Jack Flash é uma versão bastante curiosa, com uma levada bastante diferente. Já circulando pelas ruas do meu bairro, chega o fim do segundo CD com Day's Dawning, uma gravação de estúdio inédita com uma levada Soul bastante interessante.

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